sábado, 21 de março de 2009

Pintura Chinesa

A pintura chinesa oferece ao seu observador a fascinante descoberta da essência das coisas. Procura retirar das rochas, das montanhas, de um pássaro, de um homem solitário a força da sua energia interior. A procura da harmonia interior das coisas exige uma profunda meditação sobre o que se vê e uma atitude contemplativa, de reverência e respeito, perante o Universo. Mais "espiritual" que a pintura ocidental , a pintura chinesa, também ela imbuída de uma filosofia muito própria, abriu novos horizontes para a contemplação da vida, usando para isso pinceladas firmes, porém delicadas, e manchas que se espalham como água, porém sem sair dos seus aparentes limites. A simplicidade esconde uma técnica rica e profunda, em que o pintor tem de interiorizar não só a forma mas a própria vida da paisagem ou do ser que representa.

Grou Japonês
Por mais de mil anos, os japoneses dedicaram a estes grous poemas, histórias populares e mitos, representando-o várias vezes em pinturas e esculturas. O grou é uma ave fiel, que se dedica à mesma companheira toda a sua vida, sendo por isso um antigo símbolo de longevidade, felicidade e fidelidade. Para reafirmar os laços entre o casal, durante o inverno, os casais fazem entre si uma dança, uma verdadeira coreografia que foi até mesmo imitada pelo povo Ainu , que habitava a ilha de Hokkaido, onde os grous nidificam. Estes laços ficam fortalecidos com a repetição anual desta dança, significando para a ave vida e segurança. Uma dança que antecede uma união permanente e prepara o caminho para uma nova vida.

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